A primeira etapas para se caminhar rumo à meta do Yoga, que é o estado de iluminação, é necessário passar pela primeira e preliminar fase rumo ao auto-conhecimento: exercitar a ética do Yoga, assimilando as valiosas informações advindas dos yamas e nyamas

 

        YAMA significa controle ou domínio. É o pontapé inicial, trazendo cinco proscrições éticas: ahimsá - a não violência; satya - falar a verdade; asteya - não se apropriar de coisas alheias, não roubar;brahmacharya - não desvirtuar a sexualidade; e aparigraha - não apegar-se. Esses refreamentos pretendem aniquilar a subjetividade que surge do egocentrismo e prepará-lo para o estágio seguinte.

        Os NIYAMAS são prescrições psicofísicas: shauchan - a purificação do corpo; santosha - o contentamento; tapas - a austeridade ou esforço sobre si próprio; swádhyáya - o estudo das escrituras do Yoga e de si próprio; Íshvara pranidhána - que seria a entrega das ações ao Absoluto, a uma força suprema.

 

 

        Pelos yamas e niyamas podemos perceber a necessidade de desenvolver ferramentas que facilitem a busca de algo que, de fato, desconhecemos: a nossa natureza, que é em essência pura, livre e descondicionada.

        Com os condicionamentos, padrões e exigências do dia-adia, bloqueamos ou retardamos a nossa evolução com armadilhas que a sociedade nos ensinou a montar para nós mesmos: a mentira, a agressividade contra aqueles que nos ameaçam, o uso equivocado ou parcial dos sentidos (ver somente aquilo que se quer ver), o apego a pessoas, coisas e relacionamentos, o que se reflete num boicote de se passar para a etapa seguinte. 

        Quando nos deparamos com os yamas e nyamas, percebemos como é difícil nos "desprogramar", ao mesmo tempo que encontramos um norte, um referencial para superar tais condicionamentos e retornarmos ao caminaho da busca de nossa essência, do auto-conhecimento.